6ª MARATONA CAIXA DE BRASÍLIA - 05/05/2013


PARA ALGUNS DE NÓS A ESTREIA EM UMA MARATONA
FOI NA RAÇA!
Mais uma viagem alegre e maravilhosa na companhia da família Jacaré de Conga, rumo a Brasília .
Embarcamos no sábado as 7:07 hs da manhã, com a alegria explícita de sempre.
Chegamos ao nosso destino , encontramos nosso amigo Álvaro (irmão do Claudio) e todos seguimos diretamente de Van (contratada para nos dar suporte) para a retirada dos Kits , depois de concluído fizemos então aquele passeio pelos pontos turísticos da cidade. Próximo das 18:00hs chegamos ao hotel , pois precisávamos manter o foco e descansar para o dia seguinte.
Uma prova muito bem organizada, com aproximadamente 500 atletas inscritos entre a modalidade de 8,5 km e 42 km. Horário da largada as 7:00 hs. Percurso da maratona bastante difícil, encontramos diversas subidas, água em abundância, gatorade geladinho importantíssimo para nos revitalizar e repor as energias .
Jacarés Vencedores desta prova nos 8,5 km : Virca, Maria de Fátima, Maria Luisa, Celinha, André Matos e Marcos Paulo.
E para os 42 Km o veterano Rudival, e os novos maratonistas Claudio, Wagner, Anderson, Adriana e Eliana.
Como diz nosso presidente a nossa querida baixinha voadora obteve um resultado incrível e maravilhoso ficando em 3º lugar em sua categoria. Que orgulho dessa baixinha.
E tivemos também nossas queridas amigas jacaroas que nos acompanharam : Daiane, Alcione e Sonia.
Para uma pessoa como eu, que muitos dizem ser dramática ( e eu concordo), o cenário, portanto, foi perfeito para minha estréia nos místicos e difíceis 42.193 quilômetros. Afinal maratona é sinônimo de extremo sacrifício.
Digamos, então, que, para mim, nem foi tanto uma maratona, mas quase uma epopéia – tivesse eu talento necessário cantaria todo o heroísmo daquele momento que vivi.
Entretanto, corredor não escolhe clima, corredor não pode contra o tempo. É uma relação paradoxal.
Uma maratona, embora tenha tornado a corrida ainda mais difícil para mim, o tempo (ou o clima) dificultou bastante, o sol costumeiro da nossa Capital Federal, tornou nosso sofrimento infinitamente maior.
 Perdoem-me, por alguns momentos, eu destile aqui os famosos chavões ou beire à pieguice, mas foi um teste incrível para meus limites físicos e psicológicos, principalmente porque eu não estava tão preparada para correr uma maratona.
A corrida, por algumas vezes eu já disse, é um exercício de autoconhecimento: somos nós conosco mesmo, a enfrentar nossos medos, a testar e conhecer um pouco mais dos nossos limites, da nossa capacidade, de saber até onde podemos ir e chegar.
Uma coisa eu posso dizer e talvez eu repita mais um chavão, mas acho que saio muito melhor como pessoa, como ser humano, após correr estes 42 quilômetros.
Confesso que, antes de entrar para o maravilhoso mundo das corridas, jamais poderia imaginar que chegaria aos 40 anos de idade e pudesse fazer isso e que fosse me emocionar assim.
As paisagens se renovam e as dificuldades aumentam. "Estou tão cansada que mal consigo andar em linha reta"
É impossível prever o que vai acontecer dali 1 km a frente, e a única escolha é encarar . O plano de descansar desmorona, preciso continuar, preciso vencer minhas dores.
Para piorar, o forte calor , sol escaldante castiga, foi de fato nosso maior obstáculo.
A palavra perseverança ganha outra dimensão... exaustos, porém mais fortes, afinal somos casca grossa.
"O corpo fala,  'para, para, não dá mais pra seguir. E a cabeça fala dá pra ir mais um pouco'".
Agora é na raça! Minhas pernas estão doendo. Agora começa a ficar com cara de maratona, agora a maratona começa a machucar. É cabeça. Pensar que eu cheguei aos 28, 30 , 35  e vou chegar aos 42km.
Depois do Km 35, eu senti muitas dores em tudo, mas, principalmente meus pés pareciam que estavam sendo cortados devido ao atrito, as bolhas aumentavam.
Quanto mais parecia arder e cortar, eu diminuía meu ritmo, que já era lento, principalmente depois que eu cruzei os 36 km, além desta distância é que começaria toda a novidade para mim.
Os corredores, sobretudo os que fazem da corrida não uma competição, mas sim um prazer; somos todos muito solidários; uns dando força e estímulo aos outros.
Quantos passaram por mim ou por quantos eu passei e sempre as frases eram as mesmas: “Vamos lá”; “Não para não”; “tá muito perto”; “falta pouco”; “vamos em frente”; “você pode”; “Você consegue”; “Toma mais água”!
Tudo isso faz uma enorme diferença e nos faz acreditar que não é mesmo possível parar e que devemos seguir até chegar, correndo, andando ou se arrastando.
Nestes momentos, esquecemos das dores todas que tomam conta do nosso corpo: as pernas doem e não nos obedecem mais, o suor escorre na testa e cai salgado nos olhos, mas parece que somos carregados pelo incentivo dos que nos apoiam.
A dor também, às vezes, nos impulsiona!
E aí agente puxa força lá de dentro: de onde parece não haver mais, mas há.
No Km 39 eis que surge o Claudio , que num breve olhar para trás eu o vejo acenando para mim; ele se aproxima , eu já não coordeno mais meus passos, percebo q ele esta quase como eu.
Depois de muitos sacrifícios, muitas dores no corpo, e aos impressionantes 500 metros da chegada, não temos mais força alguma, agora é só na fé, é só na raça e cruzamos juntos a linha de chegada aos exatos 4h55minutos.
"Uma batalha entre a mente e o corpo. E nós conseguimos chegar. Machucados, mas com a sensação de que fizemos  o máximo”
Se sente um campeão.
A festa é simples comparada à façanha. São cenas carregadas de emoção.Luisa e Wagner nos buscam a 100 metros da chegada e nos recebem com uma vibração linda e positiva. Ao som da voz da querida Luisa, que nos dava força para concluir  não pude mais segurar minha emoção. Chorei, mas chorei muito
O esforço foi extremo. De resistência, de perseverança. E algumas perguntas passaram pela minha cabeça o tempo todo: por que as pessoas desafiam seus limites? Por que se arriscam em seus limites? Por que enfrentam tantas adversidades voluntariamente? Não é por algum prêmio, por algum troféu ou medalha. É pela convicção de que, apesar de tudo, sempre vale a pena seguir em frente. Apesar de todas as dificuldades, não desistir jamais.

Você concorda com a frase do Lance Armstrong que diz: “o sofrimento é passageiro, mas desistir é para sempre”?

Essa frase é fantástica, esse cara é uma lenda do esporte, sete vezes campeão da Volta da França. O sofrimento tem uma duração, então às vezes vale a pena sofrer um pouco, porque daqui a pouco isso vai ser só uma lembrança.
O medo é o que te dá limite, te mantém vivo"
No dia em que eu não puder mais me exercitar, pode cavar um buraco e me enterrar, pois não quero mais viver"
Sacrifício para o corpo e para a mente, mas talvez foram os momentos mais significativos. Pela primeira vez tivemos um time de jacarés estreantes . E o sacrifício sempre faz parte quando se busca o melhor. Em cada jornada, diferentes surpresas e descobertas. E assim vamos conhecendo o limite do corpo, ou vamos além dele.
A maior lição está em acreditar qupreé possível fazer melhor, ir mais longe.

Se queremos algo diferenciado temos que ousar. quanto tivermos fôlego continuaremos essa busca pe
Um desafio como este é também uma busca permanente por inspiração. O desgaste é inevitável. "Essa prova é para quem tem cabeça, sabe se cuidar. Não é só sair correndo disparado na frente"

Pensamos em alegria, saúde, paz, interação entre as pessoas, companheirismo, solidariedade, em nossas famílias e na família jacaré de conga, que compartilham conosco deste momento que tem diversos significados, uma para cada indivíduo, mas que todos tem em comum a VONTADE .

A vontade ddeixar simplesmente escorrer e sentir essa emoção indescritív de nós corredores.
Agora, depois que tudo passou, carrego comigo esta maravilhosa experiência, na certeza de que dor maior que a que senti durante a prova eu teria não nas pernas, mas principalmente, na alma, caso eu houvesse desistido de correr.
Seria um desperdício de vida não correr a maratona.
Seria como jogar pela janela a oportunidade que se apresentou para mim num lugar tão especial como Brasília, e, por isso, sou muito grata pela saúde, a disposição, a força de vontade e a coragem que tive (sim, eu faço elogios a mim mesma, sem qualquer pudor), coisas que Deus a mim me concede a cada dia que me levanto da cama e tenho a graça de renascer para a vida. E para a corrida.
Já me estendi demais no relato, mas acreditem, ainda tem a volta pra casa.
A segunda parte da maratona que termina em uma grande aventura fazendo jus ao nome da grandiosa equipe Jacaré de Conga.
Embarcamos no domingo a noite de Brasília para Curitiba e ao chegar ocorreram duas tentativas de pouso, mas por força da natureza, as condições climáticas não permitiam que o avião fizesse a aterrissagem, e acreditem: fomos parar em Foz do Iguaçu onde depois de horas no aeroporto de foz para os devidos trâmites necessários, pernoitamos em um hotel da cidade  para enfim retornarmos na manhã de segunda-feira.
E pensam que a família jacaré de conga desanimou? Claro que não. Tudo foi encarado com muita alegria como sempre.
Obrigada a todos pela companhia, pela alegria, pelo companheirismo.Agradecemos ao Álvaro por nos acompanhar e permanecer os dois dias conosco. Que Deus o abençoe e abençoe esta família a cada dia!

Abraço a todos

Adriana Alves

6 comentários:

  1. Toda vez q lembro de cada km percorrido em Brasília a emoção vem à tona!! Fico sem palavras mas com lágrimas nos olhos!! Venho aqui agradecer minhas inspiradoras Fátima e Kay e tbm a toda família jacaré de conga!! Pois essas cenas ficarão gravadas para sempre em minha memória!!
    Meu muito obrigado à todos sem exceção!!
    Abraços!!
    Wagner Xexa!!!

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  2. Um desafio superado, vencido pela determinação de cada um, pela perseverança de não parar, se não houve lagrimas minhas na chegada, foi porque elas ficaram em alguns trechos dos 42 km percorridos antes..quando no pensamento, vinham as lembranças da familia, dos amigos, de tudo o que eu já havia desafiado, superado e conquistado, também pedindo a DEUS que todos conseguissem concluir a prova, e que eu estava ali...percorrendo a minha primeira Maratona. A força que vinha de dentro, a alegria ao chegar a placa dos 33 km sem até então ter andado, faziam eu pensar que dali em diante já não faltava mais nada...que tudo era questão de tempo para cruzar a linha de chegada e que o meu objetivo estava tão próximo. Percorrer uma reta de aproximadamente 18 km sem avistar o fim da mesma, encontrar pessoas treinando, andando de bike, skate, caminhando e alguns batendo palmas e incentivando faziam voce se sentir planando no ar. Correr olhando ao redor e avistando embaixadas de varios paises, o lago Paranoá, a ponte Costa e Silva, a ponte das Garças, passar em alguns pontos isolados onde havia um ou outro staff e estes também batiam palmas e incentivavam os corredores, renovava nosso ar, nossa garra e nossa força.
    Avistar a Adriana nos ultimos km, alcança-la e acompanha-la, onde já nao sabiamos se andavamos, se corriamos.....mas tinhamos a confiança de que a nossa conquista estava proxima e ao chegar na ultima subida,na pista ao lado do congresso nacional e logo a frente estava o portal de chegada, as dores tomavam conta de nosso corpo, mas a nossa mente era mais forte e quando concluimos a subida a imensa alegria de ver tão perto e ao mesmo tempo tão distante o portal de chegada já enxergando a Luisa e o Wagner vindo em nosso encontro com muita alegria e incentivo.
    Talvez na hora que cruzei pelo tapete da cronometragem, os demais Jacarés presentes esperassem muita festa, muitos pulos, muita euforia, mas sinceramente, os braços, as pernas não permitiam isso, porque pareciam que iriam travar e simplesmente parei, fiquei estatico, tentando, isso mesmo, tentando alongar e esperando o corpo todo desacelerar porque a emoção foi algo indiscritivel.
    Agradeço a DEUS por tudo, a minha familia e aos AMIGOS presentes e que mesmo distante, estavam na torcida por todos nós.
    Como mencionou a Adriana no lindo e maravilhoso texto...." o sofrimento é passageiro, mas o desistir é para sempre"........e a força da nossa mente superou as dores do corpo.
    Dia 17 de maio de 2009...participei da primeira corrida...e eram intermináveis 06 km.......dia 05 de maio de 2013....participei da primeira maratona....de fantasticos e inesqueciveis 42.193 metros.
    Parabens a todos os presentes nos fazendo companhia, nos apoiando, tornando a nossa viagem muito agradavel, festiva e hiper alegre, com o maior respeito, carinho e união entre todos.
    Um parabéns também especial a Virca que desafiou os 8,5 km sendo que até então só tinha participado de provas até 05 km, a Celinha que foi a 8ª colocada geral do feminino nos 8,5 km, ao Marcos, ao André, a Maria de Fatima e a Luisa por abrilhantarem o evento demonstrando muita alegria e companheirismo, a Alcione, a Sonia e a Daiane por estarem sempre na mesma harmonia e sintonia com todos, ao já tarimbado maratonista rudival e aos outros 4 novos Jacarés maratonistas, Wagner, Anderson, Adriana e Eliana, que já fez jus a um troféu na sua categoria logo na estréia. EQUIPE é muito mais do que amizade, é solidariedade, é união, é preocupar-se com o companheiro, como fez o Wagner ao prestar ajuda ao Anderson na reta de chegada, e a EQUIPE Jacaré de Conga torna-se cada vez maior e mais admirada.
    QUE EMOÇÃO, QUE ALEGRIA, QUE CONQUISTA........desculpem pelo longo comentário, mas para mim ainda é pouco e olha que só falei da corrida em sim......porque a AVENTURA deste final de semana foi ENORME e MARAVILHOSA.
    PARABÉNS NOVAMENTE E MUITO OBRIGADO A TODOS POR TUDO.
    Claudio L. Guras.

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  3. Tudo q falarmos e expressarmos aqui amigo Claudio será pouco pelo q foi pra todos essa viagem a Brasília!!!! Ñ tem como lembrar, ler e escutar qualquer coisa sobre essa corrida e ñ se emocionar!!!
    Wagner Xexa

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  4. Em primeiro lugar meus agradescimentos a DEUS por ter nos protegidos desde o inicio da nossa viagem até o retorno aos nossos lares.Meus parabens aos mais jovens maratonistas que eu conheço.Vocês com certeza descobriram o que o corpo humano bem cuidado é capaz de nos proporcionar.Uso sempre este ditado que antes de você falar que algo é impossivel,fale que é impossivel você não ir ver se realmente é impossivel.Na maioria das vezes nós que tornamos as coisas impossiveis.Correr uma maratona por mais preparado que se encontre sempre haverá o desgaste fisico,o cansaso é inevitavel mesmo para os atletas de ponta.procuro sempre passar aos que pretendem correr uma maratona que se preoculpem com o tempo da prova no regulamento,feito isto as chances de concluir a maratona saõ reais.O que vier depois disto é lucro.Não vou citar nomes para não ser injusto ou cometer o deslize de esquecer de mencionar alguém,mas todos que foram a brasilia com o objetivo de correr o fizeram com garbo e maéstria,desde de quem correu uma distancia menor até os que correram os 42 Km.Espero que vocês me desculpem mas não mencionar o nome da ADRIANA seria uma injustiça da minha parte.Eu em hipótese alguma a substimei.Mas éstá jovem senhora me surpreendeu ao terminar a maratona,pelo simples fato de que a mesma não tem tempo para treinar, falo isto porque sei das dificuldades que a mesma tem para treinar.Com certeza absoluta a proteção de DEUS,a garra,a raça,a determinação,a energia possitiva dos membros da EQUIPE JACARÉZ DE CONGA a levaram a concluir a maratona.Nosas conquistas individuais se tornam mais lindas e dignas de aplausos quando as temos com quem as compartilhar.Nós que estivemos em brasilia compartilhamos nossa conquista com vocês: FAMILIA,PARENTES,AMIGOS,EQUIPE JACARÉ DE CONGA,e nosso publico externo.

    atenciosamente com carinho um abraço.

    Rudival Gomes.

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  5. EMOCIONANTE...Simplismente divino o depoimento sobre a Maratona...
    APESAR DE TUDO SEMPRE VALE A PENA SEGUIR EM FRENTE...entendi o que significava essa frase quando entrei para o grupo... ser impulsionada a nunca desistir, e ainda poder ser testemunha de todas essa vitórias... ORGULHO MUITO ORGULHO DE VIVENCIAR todas essas superações!!!
    PARABÉNS GALERA!!!

    Kelly

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  6. É impressionante como em cada corrida vemos diversos exemplos de superação. E é interessante ver como a superação vai muito além dos resultados.
    É ultrapassar os limites do corpo e da mente. É manter o foco nos momentos de dificuldade. É buscar aquele restinho de energia, onde nem imaginávamos que existia mais, ao ver os companheiros te incentivando.
    E não tem preço que pague a satisfação de sentir a grande emoção de ver que você conseguiu, a coroação de todo seu esforço e determinação.

    Parabéns a todos e MUITO OBRIGADO por me permitir presenciar todos esses grandes exemplos.

    Andre

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